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Visões Terráqueas


As imagens são produção da humanidade, mas são observadores que as registam. Seres que mudam de dimensão, povoam o planeta — a dimensão é qualquer uma que tenha espaço na imaginação; o refúgio da paranoia coletiva que se abateu no astro azul. Alto contraste, tramas, sobreposições, inversões. É assim a sociedade dos terráqueos, que vivem num mundo de medos. Vítimas deles próprios, consomem o planeta até ao átomo. Captar o fragmento do momento no mundo por onde passa, sem intervir apenas sentindo as vibrações cromáticas no córtex. Descarregar na película e dar ao papel, por meios físicos e químicos, esse instante.
A evolução negativa globalizante pode fazer transbordar o oceano terráqueo no cosmos. São esses os instantes não instantâneos que fazem as visões terráqueas.
Num total de 63 trabalhos fotográficos, realizados em meios analógicos com diferentes tipos de película e impressão fotográfica em papel para fotografia a cor e para fotografia a preto e branco.
Visões Terráqueas, foi produzido entre 1998 e 2000 e apresentado em diferentes Cidades e locais como a Casa da Juventude da Póvoa de Varzim, Instituto Português da Juventude em Évora, C.O.S.A. em Setúbal, Biblioteca Operária em Lisboa.
Algumas das imagens que  compunham o corpo inicial do trabalho, fazem agora parte de coleções particulares.

O autor não digitalizou as imagens em suporte papel nem os respetivos negativos.

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Imagem para cartaz da exposição

vendem-se visões terraqueas

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