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​A instalação Mover, na Casa da Cultura da Trofa inclui elementos conceptualmente relacionados com os instalados na II Bienal de Arte Contemporânea de Trás-os-Montes “Linha de Água”, em Macedo de Cavaleiros, condição que propõe ao observador mover-se entre geografias distintas.

MOVER é um processo criativo que se instala, resulta uma experimentação que procura em diferentesações, contextos, ligações entre conceitos, formas e espaços. MOVER caracteriza-se por diferentes linguagens plásticas, matérias primas, materiais e processos tecnológicos para formalizar a síntese do processo criativo: ideia, pesquisa, ideia.

O universo está em constante movimento, a madeira move-se, um mover que se regista, que se designa, tal como humanos e outros animais são movidos para fora do planeta.
A humanidade, no seu vai e vem, modela a superfície do planeta: abre, rasga o subsolo, subtrai, movimenta as matérias primas,que procura saída simultaneamente fácil e lucrativa para os excedentes, resíduos artificiais e sintéticos, contaminantes. Um mover que pode modelar vidas.
Os recursos naturais são a base do desenvolvimento científico e tecnológico, da pedra ao microchip, da escrita sobre placas de cerâmica até ao monitor. Desde a utilização da pedra, madeira, argilas, metais e fibras, da produção manual à produção industrial, o movimento é imperativo, a produção implica o molde e réplica seriada, a norma e o que é rejeitado, o que poderá ser movimentado para uma periferia.

Naturalmente a madeira poderá empenar “em flecha”, está viva, um movimento, tal como uma onda do mar, o vento, a luz, o movimento natural, o percurso da linha de água que se movimenta pela paisagem, não ficando a água condicionada pela ação humana, movimentos que o ser humano tenta superar, ir mais além do já feito. Fisiologicamente o nervo óptico poderá estar em constante movimento. Mover os olhos, o corpo, os instrumentos, registar a ação, modelar, poderá ser dar corpo a uma ideia, criar o futuro, com base num referencial.

Desde o amanhecer da humanidade que mover implica, desenhar nas paredes das cavernas, a arte móvel, a música, o teatro, a escrita, a arte para mover multidões, arte cinética, a fotografia sequencial, o cinema.

A relação entre arte e ciência possibilita gerar imagens para visualização em monitor (imagens RGB, red, green, blue) imagens do cosmos registadas a milhões de quilómetros do planeta Terra.

MOVER desenvolve-se com base na pesquisa e síntese, no pensamento ativo, no dinamismo, integra espaço, gesto, tempo, experimentação, revolução, desalinhar, intervir. Exploram-se múltiplas técnicas e materiais, resultam corpos, o espaço e contexto em que o observador frui, movimenta-se, percepciona, age.
O que nos move e o que nos faz mover?

MOVER

MOVER

Cartaz de divulgação

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